Casos de dengue crescem 15,8% em 2023 e SUS investe na prevenção com vacina já disponibilizada na saúde privada

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Em um cenário de crescente preocupação com a saúde pública, o Brasil incluiu em seu calendário a vacina contra a dengue, sendo o primeiro país a fornecer gratuitamente o imunizante Qdenga, que já estava disponível desde julho do ano passado na saúde privada. O país enfrentou um aumento alarmante de 15,8% nos casos em 2023. Este aumento expressivo lança luz sobre os desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para controlar a disseminação da doença.

O SUS terá acesso a seis milhões de doses da vacina, sendo necessárias duas doses por pessoa. Isso significa que apenas três milhões de indivíduos poderão ter acesso à imunização. A prioridade será dada a crianças com idades entre 10 e 14 anos.

O imunizante Qdenga já está disponível na saúde privada desde julho do ano passado para pessoas de 4 a 60 anos de idade, independentemente da exposição anterior à doença e sem necessidade de teste pré-vacinação. Rosane Orth, CEO da Saúde Livre Vacinas e Conselheira da ABCVAC destaca o importante papel das redes privadas nesse cenário de escassez.

“É uma vitória de todos os brasileiros a incorporação desta vacina no calendário anual do SUS. Mas é importante ressaltar, que devido a escassez de doses, as pessoas de grupo de risco também podem ter acesso ao imunizante através das redes privadas”, explica Rosane.

A colaboração entre a saúde pública e a privada surge como uma estratégia para superar esse obstáculo. As clínicas privadas, com sua capacidade ágil de adaptação, oferecem uma alternativa crucial para vacinar grupos de risco de maneira eficiente. Essa parceria não apenas alivia a pressão sobre o sistema público de saúde, mas também garante que a imunização alcance populações mais vulneráveis.

Rosane Orth também chama atenção para a época de chuvas, período associado ao aumento dos casos de dengue. “A temporada de chuvas cria ambientes propícios para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da doença, tornando essencial uma ação preventiva e eficaz, já que a vacina é para a redução de mortalidade e não para a redução de casos.

De acordo com a OMS, o país tem o maior número de casos da doença no mundo, respondendo por metade do total global. Autoridades de saúde já alertaram para uma epidemia da doença no Brasil em 2024. Por isso, é fundamental manter a adoção de medidas preventivas e persistir no combate à proliferação do mosquito transmissor.

Assessoria de Comunicação

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