Com três votos a favor, três votos contra e três abstenções, o vereador Marcelo Batista Araújo (PSD), o “Marcelinho Carvoeiro”, foi rejeitado do pedido de cassação do mandato sugerido pela relatora da Comissão Processante contra o vereador, o qual foi lido pela relatora, vereadora Léo.
O vereador Saylon Cristiano foi o presidente da CP.
Léo falou sobre a dificuldade de relatar a CP, mas sendo totalmente contra a violência à mulher votou favorável à cassação, lembrando ainda que “estamos no Agosto Lilás” (Campanha pelo fim da violência contra a mulher).
Além de Léo, votaram pela cassação os vereadores, Elizeu e Saylon Cristiano.
Já os votos pela absolvição foram de Alfredo Alexandrino, Fernando Roberto, Marcelo.
Se abstiveram Simone, Ricardo e Márcio Cézar. Craque e Gustavo Guiraldeli não compareceram.
O fato
Carvoeiro é acusado de desferir um soco no rosto e de enforcar uma servidora pública lotada no abrigo municipal.
As agressões ocorreram durante a 10ª Festa das Nações, no dia 11 de maio. Pessoas ligadas ao vereador estariam agredindo o marido da servidora, também funcionário do município e que ao tentar defender o marido, a mulher, de 36 anos, teria sido espancada pelo vereador.
Os relatos são de que o vereador desferiu um soco no queixo da mulher, fazendo-a cair sobre um carro e que na sequência a agarrou pelo pescoço, proferindo palavras ofensivas.
Na versão de Carvoeiro, que ficou calado durante todas as sessões da Comissão Processante, o filho, adolescente de 17 anos, teria trocado provocações com o secretário de Saúde durante o evento e que logo após se encontraram em um espaço da festa, momento em que teria começado a confusão.
Consta também da denúncia, que a servidora fez exame de corpo de delito ainda na mesma madrugada e denunciou as agressões na Delegacia de Polícia da cidade.
Tão logo percebeu que seu filho estava envolvido na confusão, decidiu defender o menino, conseguindo retirá-lo do meio do grupo e levá-lo para casa.