Petrobrás diz que serão necessários R$ 3,5 bilhões para concluir fábrica de fertilizantes em Três Lagoas

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A Petrobras planeja alocar até R$ 3,5 bilhões para finalizar a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-III), situada em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito por William França, diretor-executivo de Processos Industriais e Produtos da estatal, durante um congresso de óleo e gás. O aporte é considerado essencial para concluir a unidade, cuja obra já está 85% concluída.

Retomada da construção e planejamento futuro

A previsão é de que a retomada das obras da UFN-III faça parte do novo Plano Estratégico da Petrobras, que cobrirá o período de 2025 a 2029. Essa decisão reforça o comprometimento da empresa em ampliar sua atuação no setor de fertilizantes, crucial para suprir a crescente demanda do agronegócio nacional.

Estudo de viabilidade e análise do projeto

De acordo com França, a Petrobras está finalizando uma análise minuciosa das etapas restantes para completar a unidade. Ele destacou que a empresa está conduzindo um estudo de viabilidade técnica e econômica (EVTE) para avaliar o retorno financeiro do projeto. Segundo o executivo, a “due diligence” das pendências da obra está quase concluída, o que permitirá à estatal revisar o EVTE e avançar nos próximos passos do investimento.

Relevância da UFN-III para o agronegócio brasileiro

A construção da UFN-III é um movimento estratégico para reduzir a dependência do Brasil das importações de fertilizantes, um insumo vital para a produtividade agrícola. Com a conclusão da fábrica, espera-se que a oferta de fertilizantes nitrogenados aumente, contribuindo para a autossuficiência do país e, consequentemente, para a segurança alimentar.

Novas frentes com combustíveis renováveis

Além do foco em fertilizantes, França mencionou que a Petrobras estuda novas oportunidades no campo dos combustíveis renováveis, como a produção de querosene de aviação a partir de etanol (ATJ – Álcool para Querosene de Aviação). Essa iniciativa pode aproveitar a abundância de etanol de cana-de-açúcar e milho no Brasil, gerando sinergias com as refinarias da companhia. Contudo, ele ressaltou que, apesar do potencial, ainda não há definições sobre prazos ou locais para a implementação desses projetos, sendo a infraestrutura um dos desafios a serem superados.

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