Nesta sexta-feira (8), por volta das 10h20, Luiz Carlos Ascêncio compareceu à Delegacia de Polícia de Água Clara para registrar o ocorrido na agência do Banco Bradesco. Segundo o relato, Luiz foi até o banco para emitir um extrato no terminal de autoatendimento e percebeu que, no dia anterior, uma pessoa acessou sua conta e realizou um pagamento via Pix, utilizando QR Code, no valor de R$ 7 mil para um destinatário chamado Alisson Lucas da Silva. A vítima afirmou que não conhece o destinatário e garantiu que não realizou a transação.
A vítima também informou que, como não possuía o saldo total para cobrir o pagamento, o banco utilizou seu limite de cheque especial para completar o valor, o que aumentou seu prejuízo. Além da perda financeira, há uma preocupação com possíveis cobranças de juros e encargos pelo uso do limite de crédito, o que pode agravar a sua situação financeira.
Todo cuidado é pouco
Esse tipo de golpe bancário envolvendo transações indevidas via Pix tem se tornado uma modalidade cada vez mais utilizada pelos criminosos, aproveitando a rapidez e a irreversibilidade do sistema. Em muitos casos, os fraudadores conseguem acessar a conta das vítimas por meio de invasão de dispositivos ou clonagem de dados pessoais, realizando transferências sem o consentimento do titular. A facilidade de uso do Pix, embora vantajosa para o dia a dia dos usuários, também apresenta desafios, pois, uma vez efetuada a transação, o valor transferido não pode ser cancelado, o que dificulta a recuperação do dinheiro e torna o golpe ainda mais prejudicial para a vítima.
A prática criminosa exige que os usuários estejam atentos à segurança de suas contas bancárias, mantendo seus dispositivos protegidos contra invasões e trojans, além de monitorarem regularmente os extratos para detectar atividades suspeitas o mais cedo possível. Em caso de transações desconhecidas, é essencial registrar imediatamente um boletim de ocorrência e notificar o banco para que possam ser adotadas medidas de segurança, como o bloqueio preventivo da conta e a troca de senhas. Além disso, as instituições financeiras e a polícia têm orientado a população sobre o uso de medidas adicionais, como o reconhecimento por biometria e a autenticação em dois fatores, para diminuir o risco de fraudes desse tipo.