A coluna “Memórias Inesquecíveis” desta semana traz a história de um homem muito conhecido na cidade, pelos mais antigos, sobretudo pelo Posto de Combustível que implantou no centro, na esquina das ruas João Carrato e Orestes Prata Tibeti (antiga Barão do Rio Branco) e algumas características particulares.
Estamos falando de Jason de Oliveira Santos, ou simplesmente Jasão, que em português significa “aquele que cura”, conforme informou sua filha Maria Helena, que reside em São José dos Campos (SP).
Jason, cujo nome tem origem grega, filho dos baianos Trasíbulo Antônio dos Santos e da Beatriz de Oliveira Santos, nasceu em Sertãozinho (SP) no dia 26 de julho 1914 e faleceu em Três Lagoas no dia 18 de fevereiro de 1990.
Tendo perdido a sua mãe muito cedo, acabou assumindo a responsabilidade de cuidar dos seus seis irmãos, apoio perdurou até o fim de sua vida.
Conforme relatos da família, Jason apaixonou-se por sua amada Araci da Silva Santos, por meio de uma fotografia dela, e logo depois se casaram. “Ela, uma esposa fiel, mulher de muita fibra e força no trabalho, uma mãe querida e inesquecível; ele, um homem de garra e muita luta, um trabalhador incansável, de grande sabedoria e experiência, um pai austero e firme em suas decisões”, descrevem as filhas.
Juntos, tiveram 5 filhos: as gêmeas Maria Aparecida e Maria Auxiliadora (falecidas ao nascerem), depois a Maria Helena (Médica), e também os gêmeos Márcia Marli (Psicóloga) e Mario Márcio (Engenheiro Civil – já falecido), todos nascidos em Três Lagoas. A união do casal durou até o final da vida de sua esposa, que faleceu de câncer.
Jason adotou Três Lagoas como sua terra natal, conquistando na cidade sua vida familiar, profissional e social. Com generosidade, acolheu seus amigos e familiares de forma solidária.
Conhecido de todos, ele teve algumas características marcantes. Além do inseparável chapéu, usava camisa e as calças largas de bolsos fundos. Bem visto pela sociedade, por sua honestidade e carisma contagiante, seu jeito emblemático o levou a ampliar seu profissionalismo, de um simples mecânico para um grande empresário, contribuindo, assim, para o desenvolvimento do comércio Três-lagoense como proprietário e administrador de postos de combustível e também como pecuarista. Sua trajetória foi marcada pela dedicação ao trabalho, muito carinho e atenção com seus clientes.
