Entendendo o Alzheimer: Saiba mais sobre diagnóstico e tratamento da doença

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Esquecer pode ser um ato comum em nossa vida, mas é também um sintoma que pode revelar problemas quando se trata de um esquecimento recorrente dos acontecimentos da sua história, da sua memória recente e das pessoas de seu convívio. Por isso, neste mês Mundial pelo Alzheimer, especialista do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh) esclarece sobre o diagnóstico e o tratamento da doença garantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Setembro ainda tem como ápice da campanha a data 21, como Dia Mundial da Doença de Alzheimer e Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. Está prevista a implantação de um ambulatório de demências e Alzheimer no Humap nos próximos meses.

Segundo o neurologista Pedro Levi Alencar, do Humap-UFMS, Alzheimer é uma doença neurodegenerativa com incidência diretamente proporcional ao avançar da idade, que promove o declínio lento e progressivo do funcionamento cognitivo cerebral. “Na sua forma mais típica, o início do declínio ocorre com prejuízo marcante da nobre função da memória, especificamente a memória de curto prazo, e com o avançar da doença pode afetar o comportamento, as funções executivas e a linguagem”.

Problema de saúde pública

A doença de Alzheimer é a mais prevalente entre as demências do mundo, mas não é o único tipo de doença neurodegenerativa a afetar a cognição. “Entre outras possibilidades, cito a Demência Vascular, a Demência Frontotemporal e a Demência por Corpúsculos de Lewy. Dentre estas, a Demência Vascular é a segunda mais comum no mundo e é ocasionada pelo prejuízo crônico na circulação cerebral por pequenos ou grandes AVCs; a depender da quantidade destas isquemias ou da localização estratégica das mesmas, uma pessoa pode gradualmente desenvolver demência”.

O diagnóstico é feito com base no relato dos sintomas de alteração de memória, como a repetição das perguntas e relatos, e a dificuldade em reconhecer locais e pessoas. Exames complementares de ressonância magnética, tomografia e de sangue são importantes para afastar ou ajudar a confirmar qual tipo de demência a pessoa possui, por exemplo, se é a demência vascular, a frontotemporal (que atinge a parte frontal e temporal do cérebro), ou se tem outro fator que leve a alterações cognitivas, como doenças da tireóide, do fígado e infecções (neurosífilis, AIDS). Com o diagnóstico precoce do Alzheimer, o tratamento pode auxiliar na estabilização da doença.

Mais qualidade de vida ao paciente com Alzheimer e a sua rede familiar

Existem medicamentos que podem controlar os sintomas da doença e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com Alzheimer, garantidos pelo SUS com a necessidade do laudo de solicitação de medicamentos especializados (LME).

No entanto, conforme explica o Dr Pedro Levi Alencar, não é possível eliminar a doença. O tratamento do Alzheimer à luz do conhecimento atual visa especialmente reduzir a velocidade de progressão da doença e só é indicado para pessoas com estágio de demência manifesta. Infelizmente ainda não é possível reverter a progressão da doença, mas já existem tratamentos promissores em curso, e nos dão esperanças”.

É possível prevenir o Alzheimer?

“Cerca de metade dos fatores de risco para a Doença de Alzheimer mapeados são preveníveis. Dentre eles, destaco: baixa escolaridade, perda auditiva, perda visual, sedentarismo, obesidade, hipertensão, diabetes, tabagismo e etilismo. Evitar e tratar estes fatores é a melhor maneira possível de evitar ou postergar o Alzheimer nos dias de hoje”, afirma o nerologista.

Ou seja, para prevenir o Alzheimer tenha hábitos saudáveis na alimentação, pratique exercícios físicos, controle o sono e o estresse, realize estímulos cerebrais com estudos, leituras e jogos inteligentes, não fume, não consuma álcool e faça avaliações regulares de audição e visão.

Rede Ebserh

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS)) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação. 

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