Novo coronavírus descoberto na China: o que se sabe até agora

Pesquisadores identificaram um novo coronavírus, denominado HKU5-CoV-2, que possui a capacidade de invadir células humanas de forma semelhante ao SARS-CoV-2, responsável pela covid-19. No entanto, sua eficiência nesse processo é inferior, e especialistas alertam que os dados devem ser interpretados com cautela.
O estudo foi conduzido por cientistas do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, e publicado nesta semana na revista Cell.
O Que é o HKU5-CoV-2?
O HKU5-CoV-2 é um coronavírus encontrado em morcegos. Assim como outros vírus dessa família, ele pode infectar mamíferos e aves, e alguns deles já foram transmitidos para humanos, como o próprio SARS-CoV-2. Enquanto algumas variantes de coronavírus causam apenas sintomas leves, outras podem ser mais agressivas.
Apesar das semelhanças estruturais com o vírus da covid-19, os pesquisadores ressaltam que não há evidências de que o HKU5-CoV-2 represente um risco iminente à saúde pública. No artigo, os cientistas destacam que “o risco de emergência em populações humanas não deve ser exagerado”.
O Dr. Michael Osterholm, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Minnesota, afirmou à Reuters que a repercussão do estudo tem sido “superestimada”. Segundo ele, a existência de uma imunidade prévia contra vírus semelhantes pode reduzir as chances de uma nova pandemia.
Impacto no Mercado e Possíveis Tratamentos
Mesmo com os alertas de cautela, a divulgação da pesquisa teve reflexos no mercado financeiro. De acordo com a Bloomberg, na sexta-feira (21), as ações das farmacêuticas Pfizer, Moderna e Novavax registraram alta após a publicação do estudo.
Em relação ao tratamento, os pesquisadores sugerem que, caso um vírus como o HKU5-CoV-2 venha a infectar humanos, anticorpos monoclonais e medicamentos antivirais poderiam ser eficazes para conter a infecção.
Da redação/MSN
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