Diante do aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Mato Grosso do Sul, a Secretaria de Estado de Educação (SED) emitiu, na manhã desta terça-feira (29), um comunicado com recomendações às escolas da Rede Estadual de Ensino (REE). Entre as medidas sugeridas estão o uso de máscaras, distanciamento social e intensificação da higiene das mãos — protocolos semelhantes aos adotados durante a pandemia da covid-19.
As orientações seguem o Alerta Epidemiológico nº 19, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), que destaca a intensificação da circulação de vírus respiratórios com a chegada do período mais frio do ano. Também foi levado em consideração o decreto de situação de emergência sanitária em vigor por 90 dias em Campo Grande, que busca conter o avanço da SRAG.
Segundo o documento da SED, estudantes, professores e servidores das unidades escolares devem seguir as seguintes recomendações:
- Manter a vacinação atualizada, especialmente para os grupos prioritários;
- Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel;
- Usar máscara cobrindo nariz e boca, principalmente em caso de sintomas respiratórios;
- Não compartilhar utensílios e objetos pessoais;
- Evitar tocar olhos, nariz e boca sem higienização prévia;
- Evitar contato físico, como apertos de mão, beijos e abraços;
- Manter distância de pessoas com sintomas gripais;
- Evitar aglomerações e ambientes mal ventilados;
- Reforçar a limpeza e desinfecção das áreas escolares;
- Garantir boa ventilação nos espaços internos.
O comunicado ainda destaca que qualquer pessoa com sintomas gripais deve usar máscara e procurar atendimento médico, evitando contato com outras pessoas e locais com grande circulação.
Situação preocupante entre crianças
Dados atualizados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) revelam um cenário preocupante, especialmente entre o público infantil. Desde o início do ano, foram notificados 971 casos de SRAG em Campo Grande, dos quais 486 foram confirmados. Desses, 66 resultaram em óbitos, incluindo seis bebês com menos de um ano de idade.
Entre os principais agentes infecciosos estão os vírus Influenza A, Rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório — este último, especialmente perigoso para crianças pequenas e idosos.
A SED reforça que o objetivo das recomendações é preservar a saúde da comunidade escolar e evitar a propagação dos vírus respiratórios nas unidades de ensino. A adesão às medidas preventivas por parte de toda a comunidade escolar é considerada essencial para conter o avanço da doença no estado.
João Maria Vicente, com Assessoria de Comunicação
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