O Governo de Mato Grosso do Sul mantém a expectativa de atrair a sétima fábrica de celulose para Mato Grosso Sul, no caso, para o município de Água Clara onde, inicialmente, estava programada a construção da fábrica da Bracell que atualmente está em construção em Bataguassu. Apesar da ausência de um cronograma oficial, o projeto segue em pauta e é considerado estratégico para a economia estadual.
A instalação de novas unidades do setor traz impactos diretos na estrutura das cidades envolvidas, principalmente pela alta demanda por mão de obra, que abrange desde cargos operacionais até engenheiros especializados. Esse movimento pressiona a infraestrutura local, exigindo investimentos em habitação, escolas e serviços públicos.
Paralelamente, o crescimento do setor promove uma intensa movimentação interna de trabalhadores e amplia a necessidade de qualificação profissional. O governo estadual aposta em políticas públicas e programas de capacitação para atender a esse novo cenário.
Segundo dados do IBGE e da Famasul, entre 2010 e 2023, o número de empregos diretos na cadeia de celulose mais que dobrou em Mato Grosso do Sul, saltando de 11,3 mil para 23 mil postos, o que representa 3,59% do total de vagas formais no Estado. Em Água Clara, quase metade da população empregada está vinculada ao setor.
Além da geração de renda e arrecadação, a expansão da celulose tem estimulado a recuperação ambiental de áreas degradadas pela pecuária. As florestas plantadas avançam enquanto a criação de gado perde espaço, movimento acompanhado por ganhos de produtividade no campo e ampliação das áreas de preservação.Fábricas em MS
Atualmente, seis unidades industriais estão em operação no Estado, com destaque para a fábrica da Bracell em fase de licenciamento em Bataguassu, que deve receber investimento de R$ 25 bilhões. A planta, projetada para ser uma das maiores da América Latina, pode gerar até 12 mil empregos na fase de obras e 7 mil fixos após a inauguração. Outro investimento importante é o da Eldorado, que anunciou a ampliação da fábrica em Três Lagoas, com aporte previsto de R$ 1,9 bilhão.
João Maria Vicente, com informações de Campo Grande News
Foto – Arquivo
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